sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Senhora morte.

   Ela não tem rosto, não tem roupa, nem sapatos novos. Ela não tem prioridade própria, não tem pena, não tem dó. Poderiamos dizer que ela é algo natural ou não...
Ela não fala, não solta palavras. Simplesmente mata no silêncio. Ela está em todos os lugares, está até mesmo nas folhas que morreram secas no chão daquele velho outono, sem o amor dos seus galhos. Está também no sol, que morre todo fim de tarde.
A morte nos acompanha silenciosamente, mata lentamente.
    Poderiamos estar tomando um capuccino, sentandos em nossas cadeiras de balanço, conversando sobre assuntos clichês ao som de uma velha música em uma velha vitrola. Ela poderia estar fumando seu charuto, poluindo seus pulmões invisíveis.
No fim, a morte não tem sabor, não tem forma, não tem não pressa, não tem cor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário