As coisas estão desmoronando aos poucos e eles que estiveram ali comigo estão sumindo. Por favor, voltem, eu preciso de ar, eu preciso respirar como eu costumava respirar antes. Os rostos que eu custumava ver, agora são outros. Eles não tem mais aqueles rostos angelicais e inocentes. Mudou, mudou completamente. As vozes susurram no meu ouvido, falando para eu não confiar em mais ninguém e eu fiz isso, não consigo confiar nem em mim mesma. Isso é uma droga! (ou não) As vozes devem ter razão...elas me chamam e eu as sigo. As paredes ? elas estão se aproximando, as portas estão todas trancadas, as janelas estão fechadas (e vão continuar assim por muito tempo) e eu estou gritando por socorro, mas parece que ninguém me ouve. Eu grito alto outras vezes, mas não adianta, eu estou caindo e parece que está escuro nesse buraco. Há algumas almas tentando me afastar desse precipício, mas elas não são fortes o suficiente. Eu só digo: Obrigado! mas eu prefiro dar mais um passo e esqueçer daqueles rostos diabólicos que me atormentam ultimamente. Eles me puxam, com força e mais força...eu me afasto das sombras e paro com essa loucura. Passado alguns dias trasbordando medo e angústia naquele quarto escuro, ela pensa, pensa, pensa e finlamente tem uma conclusão. As lágrimas são incontroláveis. É inútil mais ela não consegue parar. Então ela se tranca naquele mar de dúvidas, pega uma faca, a mais afiada....derrama mais lágrimas e passa a lâmina afiada em suas dores, com força ela sufoca as mágoas,seus últimos minutos de agonia é acabado, ela sorri e cai ao chão deixando escrito em uma folha de papel os seus problemas, os motivos, as alegrias, as risadas, as tristezas...
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